O aquecimento global tem se tornado um dos grandes desafios da atualidade. Eventos climáticos extremos decorrentes do colapso climático, como tempestades, secas intensas, alteração nas temperaturas e no regime das marés, acendem o sinal de alerta em todo o mundo.

Documento divulgado recentemente pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas reafirma a necessidade de limitar o aquecimento do planeta em até 1,5ºC em relação ao período pré-industrial para evitarmos um cenário sem retorno. Segundo Vera Imperatriz Fonseca, professora titular sênior do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, estamos chegando em uma etapa da vida na Terra que é preciso passar por grandes mudanças, alterando nossos hábitos e vivendo de modo mais simples. A conservação da natureza é um caminho para controlar as mudanças climáticas e, com isso, conter também o aquecimento global. “Todos nós, no nosso dia a dia, precisamos gastar menos energia, economizar água, plantar árvores. Não é mais uma decisão apenas governamental, é necessária a participação de todos. As alterações climáticas também vão causar uma diminuição na pluviosidade em muitos locais, inclusive no Brasil. Isso vai impactar a sobrevivência de espécies de plantas e animais e os benefícios da natureza para os homens (os serviços ecossistêmicos). Agricultura, saúde e as áreas naturais vão sofrer, se cada um de nós não pensar seriamente no nosso papel”, explica.
A Rede de Especialistas de Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Confira seis atitudes simples que a Rede de Especialistas de Conservação da Natureza considera que podemos ter no dia a dia e que ajudam a conter o aquecimento global:
1. Consuma menos carne
A agropecuária é a principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa no Brasil. De acordo com o último relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), mais de 70% das emissões totais do País estão ligadas à atividade, levando em consideração o desmatamento para pastagem, adubação, o metano emitido pelo gado e o transporte dos produtos. Nesse sentido, uma alimentação mais diversificada, com menor consumo de carne vermelha, além de saudável, contribui para reduzir as emissões.
2. Não desperdice alimentos
O relatório do Painel Intergovernamental aponta que cerca de um terço de todo o alimento produzido no mundo é desperdiçado em algum ponto da cadeia. Minimizar essa perda traz ganhos para a segurança alimentar e ajuda na redução dos gases de efeito estufa, emitidos tanto para a produção de alimentos, como no transporte dos produtos, por exemplo.
O planejamento das compras ajuda a evitar o desperdício. Além disso, vale apostar na compra de frutas, legumes e verduras que não estão tão bonitos nas prateleiras do mercado, mas que ainda podem ser consumidos. Normalmente, esses produtos ainda têm preços mais baixos.
As outras quatro dicas você acessa no canal Ecowords, no link: https://ecowords.com.br/6-atitudes-para-ajudar-a-conter-o-aquecimento-global/
FONTE: www.norminha.net.br